Prédios de Amparo

Guia turístico da Capital Histórica do Circuto da Águas

Monumento Coreto do Largo da Matriz

O Largo da Matriz, anteriormente conhecido por Rossio Publico, pátio da Capela, Pátio  da Matriz dentre outros nomes, foi durante anos o local das principais atividades sociais da comunidade. Em 1929, quando a colônia italiana, bastante numerosa, quis homenagear sua segunda cidade, escolheu como presente algo que alem de um monumento, fosse também utilizado para entretenimento, e que trouxesse a arte da musica a população. Escolheu então um coreto. A musica sempre esteve presente nesta cidade, pois em 1886 existiu uma banda, quase toda de italianos, e em 1892 surgiu uma orquestra amparense. No Museu Histórico encontra-se o livro Ouro com as assinaturas dos italianos colaboradores da construção deste coreto.

Matriz de Nossa Senhora do Amparo

Em terreno doado por João Bueno da Cunha, um dos primeiros povoadores de Amparo, foi construída uma capela na qual foi colocada a imagem de Nossa Senhora do Amparo que deu nome ao município. A igreja matriz foi construída atrás do local onde se encontrava a antiga capela, por ideia do padre José Gomes Pereira da Silva, cujo vicariato se iniciou em 1832 e findou em 1849. A benção da igreja ocorreu em 2 de fevereiro de 1878 e a imagem de Nossa Senhora do Amparo foi encomendada a cidade do Porto, em Portugal, por Dona Anna Cintra, esposa do Barão de Campinas. Em 1922 foi feita uma grande reforma, com projeto do engenheiro civil amparense Dr. Amador Cintra do Prado, quando foram erguidas as torres e reforçada as paredes que ganharam então sua espessura atual, foram aberta as naves laterais que até então eram formadas por salas, e foi criada a estrutura necessária para levantar uma cúpula prevista no projeto mas ainda não executada. Os púlpitos e confessionários foram feitos por Albano Pereira e os quadros a óleo são de Benedito Calixto. E depois foi contratado o Pintor Mário Tomazzi para efetuar a pintura e decoração dada igreja Matriz, trabalho esse que foi concluído por volta de 1950.

Prédio da Sociedade de Mutua Assistência Italiana

A Sociedade Italiana de Mutuo Socorro surgiu, em 3 de fevereiro de 1901, da transformação de um Grêmio Recreativo da colônia italiana, fundada em 31 de dezembro de 1898,  o qual passou a abranger principalmente a assistência médica aos seus integrantes.

Em 1926, a sociedade adquiriu os prédios de numero 1 da Rua Treze de Maio e o de numero 50 da Praça Barão do Rio Branco para construir sua sede no centro de Amparo. O edifício da sede social abrigava,  também o Cine Teatro Central. O projeto arquitetônico foi fornecido pelo Consulado Italiano e seu construtor foi José Della Corte. A ideia da escadaria principal foi trazida do navio “ Princesa Mafalda”. Foram preservados os dois vitrais coloridos originais que ladeiam a escadaria principal representam as cidades do norte e do sul da Itália.

Por anos foi sede da prefeitura.

Pinacoteca “Dr Constâncio Cintra”

Criada em 9 de março de 1974, foi inaugurada oficialmente em 8 de abril de 1974. A denominação de Pinacoteca Municipal “ Dr Costâncio  Cintra” Foi dada por um abaixo assinado de diversos artistas que doaram 36 obras para seu acervo. A  pinacoteca esteve instalada, por algum tempo na antiga Casa do Chefe da Estação na praça Pádua Salles. Em novembro de 1989 quando sua reinauguração na instalação atual, foi homenageado o artista plástico “Humberto Frediani”.

Biblioteca Publica Municipal “Carlos Ferreira”

Fundada em 27 de abril de 1900 com o nome registrado de Grêmio Literário Carlos Ferreira em homenagem ao poeta, jornalista e professor gaúcho que naquele tempo dirigia um estabelecimento de ensino em Amparo. Como Grêmio Literário foi chamado durante 70 anos e somente em 29 de setembro de 1970 é que a lei Municipal 696 transformou a entidade em Biblioteca Publica Municipal Carlos Ferreira  e também foi reformulada em 1995 passando a ser acervo aberto.

Residência do Barão do Socorro (Atual Museu Histórico)

Barão do Socorro foi o Titulo honorifico do Coronel Luiz de Souza Leite um dos chefes políticos do município que foi Senador da Republica e residiu no prédio do atual Museu Histórico Dr. Bernardino de Campos. Este edifício abrigou a Câmara Municipal e foi vendido a Prefeitura Municipal que nele funcionou até 1970. Depois de adaptações e reformas passou a abrigar o Museu. O Museu foi criado pela lei 107/51 e chegou a ser instalado em 1958, com acervo que o Dr. Áureo de Almeida Camargo guardava para esse fim. Entretanto só em 1973 que o Prefeito Dr. João Baptista de Campos Cintra nomeou a Professora Terezinha Nogueira Frare para sua instalação com a supervisão do Dr. Áureo. Sua inauguração foi feita em 29 de novembro de 1975 e desde então já recebeu visitante de muitos países. Entre os visitantes ilustres o Museu recebeu o conhecido museólogo Pietro Maria Bardi. Considerando sua arquitetura, representativa da época áurea do café, e co seus ornamentos, vasos, figuras, colunatas e balaustres, o Condephaat tombou esse prédio em 1985.

Patronato Jesus Crucificado

Antiga residência do Barão de Campinas, construída em 1875, nela se hospedou o Imperador D. Pedro II, por dois dias, em 1878. Em 1929, passou de residência a casa de misericórdia denominada Patronato Jesus Crucificado.

Três Casas da Rua Barão de Campinas

Esses Três prédios construídos na metade do século XIX são exemplos de resistência da época áurea do café. Localizados em uma rua de grande trafego, que ligava dois pólos da cidade, e junto a outras importantes construções da época, apresentam características arquitetônicas marcantes como as platibandas ornamentadas com faiança Portuguesa, altas portas com bandeiras de ferro fundido, nichos na parede para embutir as venezianas das janelas abertas.

Mercado Municipal

Foi o terceiro Mercado a ser construído em nossa cidade que por ocasião de sua inauguração, em 25 de maio de 1912, já havia triplicado sua população. O engenheiro-arquiteto foi Alexandre Albuquerque, autor do projeto, que se inspirou na tradição comercial dos povos árabes. Tombado pelo CONDEPHAAT, o prédio foi restaurado em 1991 e embora tenha havido a modernização de suas instalações elétricas e hidráulicas, conservou suas belas características arquitetônicas originais.

Estação Ferroviária da Companhia Mogiana

Esta estação, ora desativada, foi inaugurada em 1875, e era parte do Ramal que ligava Jaguariúna a Socorro. O Ramal foi extinto em 02 de janeiro de 1967 com a ultima partida do trem misto que veio de Monte Alegre do Sul ás 16:00 horas.

A inauguração da Estação foi feita pelo presidente da província Dr. Sebastião José Pereira, que chegou em Amparo as 15:00 horas do dia 15 de novembro de 1875, acompanhado da Diretoria da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Naquela ocasião a estação foi benta pelo vigário José Pereira e discursaram, entre outros, os doutores Bernardino de Campos e Francisco Glicério. O prédio que servia de moradia ao Chefe da Estação, abrigou por muito tempo a Pinacoteca Municipal e ao Exercito como Junta de Alistamento Militar.

Hospital Beneficência Portuguesa

Em 13 de março de 1892, reuniu-se, no teatro João Caetano, portugueses com a intenção de criar um grêmio de caráter recreativo e recreativo. Em1896 ampliou-se a atuação do grêmio passando a Instituição de Beneficência, cujo caráter filantrópico veio posteriormente a ser reconhecido em três níveis: Municipal (1963), Estadual (1965) e Federal (1985). A primeira pedra foi lançada em 24 de junho de1899 e foi inaugurado a 25 de janeiro de 1907. O importante prédio, estilo “Manuelino”, lembra um navio, onde mastros, bandeiras e figuras representam o trabalho e dedicação da Colônia Portuguesa em beneficio da comunidade amparense.

Praça Pádua Salles

Centro de lazer onde se encontram vários marcos da cidade como o Monumento aos Expedicionários e o Obelisco do Centenário da Independência do Brasil. Nela encontramos o prédio da velha Estação  da Cia. Mogiana. Com muito verde e com fontes de águas cristalinas, a Praça é conhecida como o Largo da Estação.

Obelisco da Independência

Localizado na Praça Pádua Salles, o Obelisco da Independência foi erguido em 1922 em comemoração ao primeiro centenário de Independência do Brasil. Esse Obelisco foi feito pelos funcionários da Marmoraria Fazzi, de Aldamiro Fazzi, localizada na Rua 13 de Maio, onde hoje se encontra a Casa de Calçados Montini. Entre os funcionários da marmoraria estava o escultor italiano Humberto Frediani. A parte de fundição foi do obelisco foi feita no Liceu de Artes e Ofícios, atual EEPSG “João Belarmino”, pelo mestre entalhador Otto Gambaro. Como parte do entalhe em bronze foi roubada, sua reposição foi feita no Liceu pelo Professor Vicente Mastruzzo.

Monumento “O Índio”

A estatua do Índio que esta na Praça Pádua Salles, foi esculpida pelo Sr.Romeu Longo, na marmoraria de seu pai, em 1931. Seu irmão, Sr. Clementino Longo, fez a forma e as armações. Serviu de modelo um empregado da marmoraria, o Sr. João Franco, cujo tipo físico se prestou para tal fim. Depois de moldada em barro, fizeram a estatua com cimento e pó de mármore na parte externa e cimento e ferro na parte interna. Quando o Liceu promoveu uma exposição de trabalhos, o Diretor pediu a escultura aos irmãos Longo, para enobrecer o ambiente. Durante está exposição o poeta Menotti Del Picchia muito elogiou esta estatua. Passado algum tempo, o Sr. Raul de Oliveira Fagundes, então Prefeito de Amparo, pediu o “Índio” para colocar em praça publica. Assim, a bela estatua foi colocada na Praça Barão do Rio Branco e posteriormente quando reformaram os jardins da praça Pádua Salles, transferiram o “Índio”, onde permanece até os dias de hoje.

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Construída em 1931, em terreno doado por Manoel Vaz Pinto, serviu como Matriz durante a construção da Matriz Nossa Senhora do Amparo. Esta igreja era freqüentada pelas ricas famílias de produtores rurais que assistiam a missa de seus balcões superiores, enquanto os seus escravos a assistiam no piso térreo. A construção com arcadas no piso térreo e superior, decorados com curvas e contra curvas, colunas lisas e decorações de ramalhetes de flores é um belo exemplo de arquitetura neoclássica. Foi palco de fatos curiosos como a eleição de vereadores por 337 pessoas que se reuniram na igreja, em 5 de outubro de 1857. No corredor central foi enterrado um membro da comissão de obras, o vereador Marcos Evangelista do Amaral. Em 1869, serviu de palco para o conflito político entre liberais e conservadores que resultou em feridos em ambos os lados.

Rua XV de novembro

Nesta rua nasceu Francisco Prestes Maia, Saudoso Prefeito da Capital de São Paulo e nela residiu o Dr. Bernardino de Campos, advogado e Senador da Republica.

Prédio Residência Carneiro

Localizado à Rua XV de novembro, 108 (antiga Rua do rosário e antiga Rua 10 se Março). Construído em 1893, em estilo neoclássico, com sacada apoiada sobre mascaras de leões, janelas com vidros decorados, conchas São Tiago nas paredes sobre as janelas e nas platibandas, vasos e a estatua de um carneiro indicando quem era seu proprietário, o Sr. João Gomes de Oliveira Carneiro, comerciante de tecidos. O prédio possui um salão térreo com teto e portas em pinho de Riga. Colunas de sustentação de ferro maciço oitavado. Possui um portão lateral em ferro fundido que dá acesso a uma escadaria de mármore de carrara. O imóvel foi teatro paroquial, cinema, sede do Tiro de Guerra e o primeiro Conservatório Musical por 8 meses, cujos professores vinham de Campinas e dentre eles o sobrinho de Carlos Gomes. Posteriormente foi um dos primeiros supermercados da cidade.

Orquidário Municipal “Dr. Paulino Rech”

A Câmara Municipal, em 30 de Maio de 1892, escolheu o local para a construção do leprosário de Amparo. A concorrência publica para a construção do Hospital aconteceu em 8 de maio de 1894 e as obras foram realizadas em realizadas em meio a uma área verde, sendo concluídas em 1896. Os engenheiros responsáveis pela construção foram: José Ricardo de Aguiar e Theodoro Sampaio. Desativado há muitos anos, ficou sem utilização especifica e ali se instalou, em 1912, um orquidário com cerca de 30 mil mudas do pesquisador Dr. Paulino Rech. As pesquisas efetuadas por Paulino Rech nas áreas de botânica e entomologia, foram reconhecidas por vários países europeus e pela Rússia. Após a morte do Dr. Paulino Rech, em 1970, a Prefeitura Municipal adquiriu seu acervo de orquídeas e criou o Orquidário Municipal que leva o seu nome.

Parque Alonso Ferreira de Camargo (Jardim Público)

Com a transferência do Cemitério Publico para o local onde hoje funciona a EEPSG “Dr. Coriolano Burgos” em 1887, executaram o aterro em toda a área para transformá-lo em um Parque. Em 1888 a população custeou as obras de ajardinamento que foram concluídas em duas etapas. A primeira etapa encerrou em 1889 e a segunda em 1895.

Santa Casa “Ana Cintra”

Este hospital, doado à cidade de Amparo pelo Barão de Campinas, foi inaugurado em 20 de março de 1890. O nome do hospital foi dado para homenagear a esposa do Barão de Campinas. O engenheiro responsável pela obra foi Garcia Redondo. Em 1907, nesse hospital, o Dr. Coriolano Burgos e sua equipe efetuaram a extração de cálculo renal com 12 centímetros de volume, que se encontra exposto no Museu.

Casas da Rua Ana Cintra

Foram construídas pela Santa Casa, como fonte de renda para a própria entidade. Tornou-se um dos mais belos conjuntos residenciais do inicio do século que foi preservado até nossos dias. As 23 casas possuem um telhado único e estão jus postas em um único projeto. A diferenciação de uma casa para outra é dada pela cor e detalhes nas portas e janelas. Esse conjunto de casas forma o marco inicial da ocupação da várzea além rio Camanducaía.

Igreja São Benedito

Em 1885, um carroceiro de origem humilde, sonhou, e com ajuda popular esforçou-se para erguer uma igreja simples como ele. José Ortiz de Camargo, o “bichinho”, hoje enterrado em uma das laterais da igreja, saia diariamente pelas ruas de Amparo para pedir dinheiro, telhas, tijolos e outros materiais de construção. Ainda naquele ano, com a igreja em fase bastante adiantada, Ortz faleceu. Foi então que a comunidade, tendo a frente o Capitão Lucas Cintra concluiu a obra.

A igreja São Benedito esteve sob a responsabilidade direta da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo até 1912, quando Dom João Nery solicitou aos Franciscanos que formassem um convento. De dezembro de 1912 a agosto de 1913 foi fundado o Convento e feita sua construção. Em seguida iniciou-se a campanha para construção de um colégio que em 13 de julho de 1922 teve sua inauguração.